Conteúdo da Hashitag #15

Kintarô: o menino de ouro

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Ilustrações: Mika Takahashi

Era uma vez, um menino chamado Kintarô, que vivia no monte Ashigara. Vigoroso e forte, brincava com os animais da floresta, lutando sumô com eles. Nem o urso conseguia vencê-lo. As lendas descrevem Kintarô como uma criança muito ativa, gorda e corada.

Gravuras históricas retratam-no com uma pele avermelhada, vestindo um babador vermelho com o ideograma “ouro”, que se lê “kin”, daí o seu nome. Como vivia na densa floresta, não tinha amigos de sua idade, e seus companheiros de brincadeiras eram os animais. Dizem que ele até teria aprendido a linguagem dos animais. Em algumas versões da lenda, Kintarô aparece lutando contra demônios da montanha, os chamados Yôkai.

Numa primavera, Kintarô decide conhecer a montanha vizinha e parte com um machado, montado nas costas de um grande urso. A eles seguiam seus companheiros: um esquilo, um rato do mato, um macaco, um coelho, uma raposa, um guaxinim, um porco selvagem e um veado.

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Chegaram a um precipício e viram que havia uma correnteza de rio muito forte, que os impedia de ultrapassar. Kintarô, então, derrubou uma árvore com as mãos e fez uma ponte.

Um nobre guerreiro e seus soldados ficaram observando o feito a distância, e impressionados com a força sobrenatural do menino Kintarô, se apresentou a ele. Era Minamoto-no-Yorimitsu (944-1021), que o convidou a servir como um membro da sua guarda pessoal. Em Kyoto, capital da nação à época, aprendeu artes marciais, aperfeiçoando suas capacidades físicas. Ficou conhecido por suas proezas e adotou o nome de Sakata-no-Kintoki.

Já adulto, retornou para sua casa, para levar sua mãe a Kyoto. Kintoki foi um dos quatro fiéis servidores de seu senhor, Minamoto-no-Yorimitsu, um comandante de alta patente do clã Fujiwara, que serviu na guarda imperial e também foi secretário no Ministério da Guerra.

Jo Takahashi Jo Takahashi foi consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.
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