Conteúdo da Hashitag #13

Começando o dia no estilo

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Trio na degustação
Após a publicação da matéria “Bom Dia Japonês”, na edição #11, muitos empresários passaram a frequentar os hotéis mencionados que oferecem café da manhã no estilo japonês para promover reuniões matinais com clientes, bem no estilo americano, o breakfast meeting.

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Chef Edivaldo mostra a assadeira de omelete que ele ganhou no Japão
Para conferir a qualidade dos serviços e da gastronomia matinal, Jojoscope convidou duas personalidades que conhecem bem o assunto: a chef Telma Shiraishi, do premiado Aizomê, e a Embaixadora Kawaii no Brasil, Akemi Matsuda. A chef Telma convive diariamente com a busca da perfeição do paladar japonês em seu restaurante e é, hoje, referência em matéria de uma proposta gastronômica com requinte e sofisticação. Já Akemi Lolita, como é mais conhecida, passou toda a sua infância e formação acadêmica no Japão, o que lhe permitiu adquirir uma sensibilidade ao autêntico paladar nipônico.

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Nattô: após bater bem com o hashi e temperar com o shoyu, a soja fermentada é banhada no ovo cru para pegar mais liga. Há quem prefira sem o ovo
O dia começou cedo, orientado por Katia Miyada, gerente de vendas do Hotel Intercontinental em São Paulo, para aproveitar o buffet intacto. Foi reservada uma sala VIP, nos fundos do salão, com atendimento exclusivo, para que nossas convidadas pudessem degustar as iguarias sem interferências externas.

Direto ao buffet japonês, pois o foco da pauta era esse, e infelizmente desprezando toda a generosidade do café ocidental, que tem lá
uma das apresentações mais requintadas. São poucos itens, mas todos bem selecionados e equilibrados, como destacou a chef Telma.

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Akemi Matsuda, Telma Shiraishi e o chef Edivaldo Silva
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Omelete dashimaki tamago e salmão grelhado
“O menos é o mais, especialmente quando a qualidade é potencializada”. Para a chef, começar o dia com uma tigela de arroz Tamaki é, por si, um luxo. O ótimo acompanhamento é o salmão bem grelhado, em postas altas, tostadinho por fora e úmido por dentro. Outro detalhe para a chef foi constatar os cortes precisos e delicados do tofu e da cebolinha bem lavada e picada que acompanham o missoshiru. Dos acompanhamentos, o destaque para a chef foi o nametake, um cogumelo servido em conserva. A omelete japonesa, o dashimaki tamago, é a prova de fogo da habilidade do chef. “Só quem entende sabe o quanto este prato, tão simples na aparência, é na verdade o mais complicado para se fazer”.

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Para finalizar, um chá verde quente Foto: Henrique Minatogawa
E a omelete do chef de partida Edivaldo Silva, está aprovada? Com a experiência que o chef teve no Japão, no Intercontinental de Yokohama, a omelete ganhou um upgrade. O chef até ganhou uma assadeira própria, que ele fez questão de mostrar para a nossa produção.

Akemi destaca a importância do espírito omotenashi, o padrão japonês de hospitalidade que deve existir no serviço. Amante de nattô, a soja fermentada, Akemi provou e aprovou a qualidade e consistência do nattô
oferecido, que é importado e mais pegajoso, resultado da fermentação especial que não é bem sucedida no produto brasileiro. Na omelete, Akemi, que sempre persegue um padrão kawaii (fofura), já aconselha mais fofura na consistência do ovo. Quanto ao missoshiru, Akemi indica o missô vermelho (akamissô)para o café da manhã: “é mais potente e bom
para acordar”, sugere. “Começar o dia com ingredientes de primeira, como estes apresentados no buffet, é sensacional”.

O salão VIP do café da manhã é disponibilizado mediante consulta e comporta 12 pessoas para reuniões matinais fechadas. Fica à disposição o buffet completo, o ocidental e o japonês, além de garçons e mimos diferenciados, como o oshibori, a toalhinha úmida para as mãos.

Intercontinental São Paulo Alameda Santos, 1123 Jardim Paulista Tel.: (11) 0800 77 00 858


Café da manhã para não hóspedes:
R$ 60,00 (incluso o buffet japonês e o ocidental)

Reportagem publicada na edição 13 da revista Hashitag

Jo Takahashi Jo Takahashi foi consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.
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