Conteúdo da Hashitag #17

A Batalha do Sushi

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Fila no Midori Sushi de Ginza, 10 horas da manhã de uma quinta-feira chuvosa

Comer um bom sushi é programa obrigatório para quem passa uns dias em Tokyo. Afinal, só nesta metrópole, existem 4.978 estabelecimentos especializados em sushi (dados de 2013, do Bureau de Estatísitica do Ministério dos Assuntos Interiores e Comunicações). Há sushis top como o mundialmente famoso Sukiyabashi Jiro, que conquista, há oito anos consecutivos, as três estrelas Michelin.

Impossível reservar com menos de um mês de antecedência. Lá, só atendem por telefone, não aceitam reservas por e-mail nem pelo site. Mas nada de tragédia. Para a alegria dos turistas, e também dos próprios moradores de Tokyo, há muitas opções boas e baratas. Jojoscope visitou duas alternativas surpreendentes.

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Uma das combinações oferecidas pelo Midori Sushi, a preços bem atraentes

A primeira é o Midori Sushi, uma casa inaugurada em 1977, com matriz em Setagaya. Hoje possui doze frentes de ação, com nove restaurantes físicos, uma loja exclusiva para viagem, uma outra somente para delivery e um serviço de cathering que atende demandas específicas, como eventos e festas.

Visitamos a filial de Ginza, sempre lotada desde as 10 horas da manhã, com inevitáveis filas. Mas a rotatividade é alta, pois os japoneses comem rápido e o serviço também. No almoço é possível comer por 2.000 ienes (R$ 70), este kit da foto, que vem com preciosidades como ikura (ovas de salmão) e uni (ouriço do mar), além de dois ótimos cortes de chutoro, a parte amanteigada do atum. O Midori Sushi abre todos os dias, com exceção do primeiro dia do ano.

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Entrada do Sushi Zanmai em Asakusa: clima de teatro Kabuki

A segunda opção foi o Sushi Zanmai, uma megarrede de casas de sushi aberto 24 horas por dia, o que é, de fato, uma ótima opção para os notívagos, num cenário em que a maioria dos estabelecimentos fecha cedo no Japão. A matriz fica no mercado de peixes de Tsukiji, e foi fundada em 2001 por Kiyoshi Kimura, conhecido como o Rei do Atum. Possui 61 filiais no Japão, sendo que só na região metropolitana de Tokyo, se concentram 45. A rede emprega 1.300 funcionários.

Visitamos a filial em Asakusa, já tarde da noite, quando as outras concorrentes já encerravam suas atividades. Apesar de lotada, o serviço é rápido. O forte do Sushi Zanmai é o atum em seus diversos cortes, mas optamos por um bom tirashi variado por 1.600 ienes (R$ 56), contendo mais de uma dúzia de toppings, incluindo ovas de salmão, torô de atum e amaebi (camarão doce).

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Tirashizushi do Sushi Zanmai

Ambas as redes garantem a mesma qualidade em todas as suas unidades, e o segredo dos bons preços está na agressiva participação nos leilões de atum no mercado de Tsukiji, onde os donos destas cadeias conseguem arrematar o peixe inteiro. Também na negociação de outros insumos, estas redes conseguem preços imbatíveis, e os descontos são repassados para os frequentadores. Bom para nós.

Jo Takahashi Jo Takahashi foi consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.
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